quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Curiosidades sobre o filme “RoboCop – Um Policial do Futuro” (1987)

Neste final de semana, Hollywood nos fará reviver um dos filmes mais aclamados da década de 80, com o remake de RoboCop. Se Joel Kinnaman é sucessor digno da armadura, não é a questão aqui. Hoje, homenageamos o soldado original de Detroit – o RoboCop original.
O filme presenteou à década de 1980 o seu segundo cyborg bad-ass e seus temas de corrupção, o autoritarismo, a ganância e a natureza humana são tão relevantes hoje como eram em 1987, e sua maquiagem e efeitos especiais continuam impressionantes.
Com a chegada de sua nova versão aos cinemas, este é o momento perfeito para relembrar e descobrir alguns segredos de um dos maiores filmes de ação sci-fi da história do cinema. Confira:
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- Inicialmente, o diretor Paul Verhoeven não filmou a cena da morte do oficial Murphy (o que permitiu torná-lo o RoboCop). O orçamento do filme já havia terminado e não seria possível adicionar a cena, mas depois da filmagem, Verhoeven e o produtor Jon Davidson entraram em contato com o estúdio, conversando sobre a cena e conseguiram mais dinheiro para filmá-la.
- Aprender a se movimentar dentro da armadura era difícil para Peter Weller. A roupa pesada foi projetada por uma equipe liderada por Rob Bottin e houveram muitos atrasos em sua fabricação, ​​por causa de mudanças no design. A armadura só ficou pronta no primeiro dia de filmagem, e Weller não teve tempo para treinar os movimentos. Então, a produção teve que ser interrompida para que o ator aprendesse a se movimentar usando a armadura, que levava até 11 horas para ser colocada.
- O estúdio estava preocupado com a reação que os policiais da vida real teriam quanto à brutalidade do filme. Principalmente na cena em que RoboCop arremessa Clarence Boddicker através do vidro, enquanto lia sua “Advertência de Miranda”. Qual não foi a surpresa de todos, quando os policiais trazidos para a triagem de teste receberam a cena com gritos e aplausos.
- O RoboCop não usava calças enquanto dirigia. Armaduras robóticas não funcionavam muito bem dentro dos carros de 1987, ou melhor, Peter Weller não cabia dentro de um carro se estivesse usando a armadura de RoboCop. É por isso que só há cenas mostrando a armadura inteira se preparando para entrar ou parcialmente fora do carro. Nas cenas em que dirige, RoboCop está usando a metade superior da armadura e bermudas.
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- O diretor Paul Verhoeven tem o costume peculiar de não chamar os atores por seus nomes reais, mas sim, pelos nomes dos personagens. Pode não ser uma prática tão estranha, mas causou uma crises de riso em Miguel Ferrer e Kurtwood Smith, na cena da morte de Bob Morton, porque Verhoeven se dirigia às atrizes que faziam o papel de prostitutas, como “bitches” (puta, vadia, etc).
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- RoboCop pegou emprestado o tema de “O Exterminador do Futuro”. Para o trailer original, Orion usou a música-tema de outro de seus filmes de ficção científica de sucesso, “O Exterminador do Futuro”. Schwarzenegger foi, inicialmente, considerado para o papel de RoboCop, mas ele era muito grande para a armadura, segundo os produtores.
- A armadura de RoboCop foi, de longe, o item mais caro do set. Os produtores pagaram um milhão de dólares pelos seis ternos utilizados no filme.Três deles eram danificados propositalmente, para as cenas de luta, e os outros três tinham aspecto normal. As armaduras eram tão quentes e pesadas, que Peter Weller emagreceu quase três quilos por dia, com a perda de líquidos. Eventualmente, um sistema de refrigeração de ar foi instalado para amenizar os danos ao ator. O relato de Weller sobre a armadura é o seguinte:
“Foi a coisa mais difícil que eu já fiz, e – quer saber a verdade? – Foi a coisa mais difícil que alguém já fez. Eles tinham que ter dutos de ar condicionado apontados para mim, para soprar ar gelado a cada 20 minutos.”
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- A cena em que RoboCop atira no meio das pernas do estuprador não estava no roteiro. A cena deveria ser com RoboCop batendo no estuprador, mas na hora da filmagem, Paul Verhoeven teve a ideia de atirar entre as pernas de Donna Keegan e acertar a virilha do estuprador.
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- Como parte do lançamento em VHS do filme, RoboCop escoltou o ex-presidente dos EUA, Richard Nixon, para um evento de caridade do “Boys Club Of America”. Embora não tenha sido, realmente, o ator Peter Weller na armadura, 25.000 dólares foram doados ao Boys Club em nome de Nixon e da Orion Home Video.
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- O RoboCop não tinha, realmente, a visão de calor infravermelho, e a alternativa encontrada foi pintar os atores com tinta fluorescente e colocar uma luz negra sobre eles. Sim, isso mesmo!
- A cena com reféns foi baseado em uma situação da vida real. Em 1978, o ex-membro do conselho da cidade, Dan White, fez várias pessoas reféns, enquanto exigia seu emprego de volta, antes de assassinar o prefeito de San Francisco, George Moscone, e o Supervisor Harvey Milk. No filme, um dos personagens é visto comendo Twinkies – isso foi feito como uma homenagem à “Twinkie Defense”, que é o termo usado para designar o que os advogados de White alegaram ter sido a razão dos homicídios: a mudança na dieta do réu, de comidas saudáveis para Twinkies, teria acarretado em depressão e o deixado fora de si.
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- As mãos do RoboCop foram feitas de borracha, o que tornou extremamente difícil para Peter Weller pegar as coisas. A cena em que RoboCop pega as chaves do carro levou um dia inteiro para ser filmada e foram 50 tentativas antes de conseguir o primeiro tiro do filme.
- A cena da morte de Murphy foi fortemente editada durante e após a produção, para salvar o filme de uma classificação X. Mesmo com as edições, teve de ser apresentada 12 vezes à MPAA, antes do filme ser liberado como classificação R. A versão em DVD contém a cena completa de tortura de Alex Murphy.
- Kurtwood Smith fez o teste para o papel de Dick Jones, mas Verhoeven deu-lhe o papel do senhor do crime de Detroit – Clarence Boddicker -, porque via em Smith uma semelhança com o comandante nazista Heinrich Himmler.
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- O filme contém uma referência a outro gigante de ferro da justiça. A primeira aparição de RoboCop, é quando o maníaco com a metralhadora aparece na loja de conveniência. Na loja, há uma revista em quadrinhos do Homem de Ferro na prateleira. Verhoeven achou que essa seria uma boa homenagem, já que ambos, Homem de Ferro e RoboCop, são homens com armaduras metálicas em busca de justiça.
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- Detroit vai ter a sua própria estátua de RoboCop. Quando a notícia da proposta “New Detroit” do prefeito de Detroit, Dave Bing começou a circular na internet, em 2011, várias campanhas para angariação de fundos para uma estátua de RoboCop foram colocadas em ação, e a estátua está planejada para ser inaugurada na cidade nesta primavera.
- O diretor Paul Verhoeven e o designer Rob Bottin entraram em confronto durante as filmagens, na cena em que Murphy tira o capacete. Bottin estava preocupado que Verhoeven usaria muita luz e acabaria expondo o trabalho de maquiagem, enquanto Verhoeven estava confiante de que nada iria ser exposto. Bottin se recusou a falar com Verhoeven pelo resto da filmagem e jurou nunca mais trabalhar com ele novamente. Isto até ver uma triagem final do filme, então perdoou Verhoeven e concordou em trabalhar com ele em “O Vingador do Futuro”.
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- O roteiro passou por vários diretores antes de de chegar à mesa de Paul Verhoeven. Verhoeven só olhou algumas páginas e decidiu passá-lo adiante, acreditando ser apenas mais um “filme de ação idiota”. Porém, sua esposa leu o roteiro e conseguiu lhe convencer de que era uma boa ideia abraçar o projeto.
- Diferente da maioria dos filmes de ficção científica, RoboCop não faz menção a nenhum ano, nem explica se está em um futuro próximo ou distante. Simplesmente inicia, como se fosse parte do presente, o fato é que, apesar de ter passado tantos anos desde sua estreia, não se pode considerá-lo ultrapassado, como ocorre em “2001 – Uma Odisséia no Espaço” que mostra um futuro muito distante do ano de 2001.
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- A Ford apareceu, claramente, como provedora principal de automóveis para o filme. O aparecimento do (então) novíssimo Taurus como carro-patrulha. Como sua frota de modelos 1986 não era inovadora o bastante, foi decidido utilizar modelos já existentes na Europa, mas que ainda não haviam sido lançados nos Estados Unidos como Sierra, Escort e Orion.

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